O anseio do jovem casal paulistano era morar em um apartamento sofisticado, que atendesse a suas necessidades funcionais, algo que se tornou específico devido aos gatos, membros da família.
Ao invés de integrar a enorme varanda aos ambientes internos, optou-se por mantê-la em seu tamanho original, algo incomum nos dias atuais, mas que se mostrou de grande importância para o funcionamento do dia a dia.
Com menos área disponível para os ambientes internos, a ideia de integração dos ambientes e a versatilidade do mobiliário foram fundamentais.
A abertura da cozinha para a sala surgiu como ideia óbvia, mas deveria existir a possibilidade de fechamento. O problema foi solucionado com painéis de correr, que se escondem dentro das paredes do lavabo e área de serviço, possibilitando a abertura e fechamento total da cozinha.
Seguindo o mesmo raciocínio, o segundo dormitório foi fragmentado, para abrigar uma estante que faz a função de escritório e bar, e também um futon que pode servir de apoio ao escritório, bem como acomodar confortavelmente uma visita rotineira do casal. Neste caso, a privacidade é garantida com uma cortina espessa, que pode ser inteiramente recolhida e fechada, para preservá-la dos gatos.
O casal não fez questão de uma sala de jantar tradicional. A bancada da cozinha, situada atrás do sofá, supre as necessidades diárias. Há no terraço uma mesa que pode ser usada em três alturas, adaptando-se as diferentes ocasiões, como jantares, churrascos e happy hours, inclusive com a possibilidade de usá-la como objeto decorativo na parede externa, liberando espaço e flexibilizando o uso.
A sofisticação fica por conta do mobiliário e do uso intensivo do branco e preto, rompido apenas pela estante de madeira.
David Ito
Lucas Anghinoni / Martin Näf / Victor Hertel / Victoria Calil
80m²
2018
Pedro Kok